Aílton, após marcar o gol do título: "Eu sou foda, eu sou foda, eu sou foda, porra! Bate palma pra mim, bate palma pra mim, bate palma!"
Nessa época, a torcida do Grêmio vaiava os jogadores e pressionava-os cobrando boas atuações. Mesmo os jogadores que não eram ruins - apenas não jogavam o suficiente - eram cobrados. E tem pateta dizendo que "tem que apoiar incondicionalmente durante o jogo inteiro, porque o jogador se for vaiado perde a vontade".
A maior prova de que essa teoria é totalmente furada é o Brasileiro de 1996. O Aílton, de tanto ser vaiado durante a temporada, entrou enlouquecido e com gana nos minutos finais da decisão do campeonato. Meteu um cometa com a perna canhota. Ele era destro. Queria provar que era um bom jogador. Principalmente para a torcida que pegava no pé dele. Percebam a reação dele após o gol.
Mas vai falar isso pra geração de torcedores pós-aflitos do Grêmio. Vaiar? Bem capaz. Vamos é aplaudir durante os 90 minutos inteiros jogadores que não demonstram a menor qualidade técnica. Afinal, coitadinho do jogador. Se alguém o vaiar, ele vai entrar em depressão e nunca mais vai jogar futebol na vida.
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