minha cara após ver Barcos marcar o primeiro gol do Grêmio |
Após o segundo gol do Grêmio, eu já desliguei a minha TV e o rádio. Não quero mais saber. Já vi tudo o que eu precisava. Pela primeira vez em 10 anos eu vi o Grêmio imponente, com sorte (muita sorte), com feeling de clube másculo, viril e frio, que deixou o adversário espantado com tamanha indiferença e, por consequência, atrapalhado. Pela primeira vez em 10 anos eu vi o Grêmio vencendo FORA DE CASA uma partida decisiva, contra um clube forte (atual campeão brasileiro) repleto de craques como Fred, Sobis, Wagner, Deco, Carlinhos, Diego Cavalieri. E eu digo 10 anos porque em 2003 o Grêmio ainda era um clube viril que espantava adversários (apesar de no segundo semestre quase cair para a segunda divisão). A partir de 2004, o Grêmio nunca havia mostrado o que mostrou hoje no Engenhão.
eu reconhecendo o erro indo embora pra casa com o meu cavalo másculo |
A imprensa gaúcha (toda a imprensa) tem SÉRIOS problemas em analisar decentemente as partidas dos clubes gaúchos. Tanto nas partidas do Grêmio quanto nas partidas do Inter, se o clube gaúcho joga MINIMAMENTE BEM, eles já dizem que o Grêmio (ou o Inter) está jogando MUITO MELHOR que o adversário. Aconteceu isso no primeiro tempo de Fluminense x Grêmio.
O jogo começou de forma TENEBROSA. Ao contrário do que a imprensa gaúcha dizia, nenhum dos dois times era superior. O Grêmio só entrou na área do Fluminense aos DOZE minutos do primeiro tempo (eu anotei isso no meu caderninho poderoso do homem-aranha), sendo que durante esses doze minutos só o Fluminense tinha a bola e tentava alguma coisa. As tentativas de ataque do Flu eram ridículas e o jogo se tornou um bate-rebate infernal. O Fluminense jogava a bola na área da sua intermediária e a defesa do Grêmio tirava, principalmente com Cris e André Santos.
primeiro tempo de jogo |
Barcos e Vargas, no primeiro tempo, pareciam dois peladeiros que jogam bola aos domingos no campo de terra do parcão. Barcos era todo desengonçado, não ganhava uma dividida, não acertava um drible. Parecia desconcentrado. Outro problema com Barcos: estava jogando como armador de jogadas, enquanto Vargas ficava na área esperando receber. Qualquer ser humano não-portador de síndrome de down sabe que tem que ser justamente o contrário: Vargas solto, procurando a jogada, e Barcos mais próximo, fazendo a jogada mais curta para marcar. Além disso, Vargas estava inseguro, com medo de procurar a jogada, errando lances que até eu (que não jogo futebol há 8 anos porque tenho preguiça) acertaria.
E assim terminou o primeiro tempo. Com os dois times fechadinhos, se defendendo bem, arriscando pouco e jogando mal. Pare de dizer que o Grêmio foi muito superior. Não foi. Os dois times não jogaram NADA no primeiro tempo. Nenhum teve chance de gol (um sujeito na rádio disse que o cruzamento do André Santos pro Vargas foi um chute a gol...).
Ter um centroavante MALANDRO faz toda a diferença. Barcos é malandro. Apesar de não ter jogado absolutamente nada no primeiro tempo, a malandragem dele fez com o que o Grêmio abrisse o placar. E a malandragem dele naquele escanteio fez com que o Grêmio vencesse um jogo que tinha tudo pra ser 0x0. Se não foi ele que marcou o gol, ele tentou marcar. Só que com a mão (olhe no replay palhaço, ele tenta dar um soquinho na bola). Barcos é CULHUDO. É o ÚNICO centroavante dos últimos tempos no Grêmio que tem CORAGEM de ir contra a regra, contra o fair play, contra todas essas merdas irritantes que inventaram e que deixam o futebol cada dia mais sem graça. Se precisar, ele enfia a mão na bola, passa a mão na bunda do zagueiro, enfia o dedo no CU do goleiro, chama a irmã do zagueiro de gostosa, diz que já fez bukakki com seus amigos argentinos na mãe do zagueiro e etc. Ele não cai. O zagueiro pode dar um TIRO nele que ele não cai, não faz fiasco. Isso é essencial pra vencer uma partida dessas. CULHÃO, malandragem e frieza. Esse é o Barcos.
Graças à todas essas características do Barcos-fodão (parem com essa imbecilidade de 'pirata', é BARCOS FODÃO), o Fluminense se atrapalhou TODO depois do gol. E aí foi uma barbada. Fluminense não sabia o que fazer, Abel Braga optou pelo óbvio e era questão de tempo o Grêmio marcar mais gols. O time inteiro se soltou, Vargas tomou confiança, Barcos parou de ser desengonçado, Cris continuou ABSOLUTO na defesa, André Santos deixou de ser chiliquento que espancava todo mundo que passava perto da lateral. Resumindo: Barcos carregou o time nas costas e o 0x3 não reflete o que aconteceu em campo. Isso me leva para o próximo assunto:
Fábio Koff. Me espanta ver que ainda tem gente apoiando o Odone e criticando o Koff porque ele quer por cadeiras no espaço da geral. Koff venceu esse jogo na jogada de mestre de se livrar de inutilidades (Léo Gago, Lixonelly, Vilson, Leandro), pois foi o único dirigente do país que teve a grande sacada de perceber que o Palmeiras está numa pindaíba e que lá estava um dos melhores centroavantes da liga brasileira. Qualquer clube do Brasil podia ter trazido Barcos oferecendo jogadores medianos inúteis que não servem pra nada. Mas Rui Costa e Koff pensaram na frente e meteram a REAL, deixando o país inteiro sem entender nada. A minha única dúvida para o resto da temporada é a seguinte: quem será maior, o azar do Grêmio ou a grandeza de Koff?
Esse foi um dia estranhíssimo. Milan venceu ao Barcelona. Sheik perdeu um gol inacreditável e o Corinthians riquíssimo empatou contra um time ridículo. Mas calma que tem mais. Depois de rir da minha cara porque eu errei o resultado, segura ESSA. Eu queria ver a tua cara de CU após ver esses prints da conversa que eu tive minutos antes do jogo com o Daniel, o outro colaborador desse blog. Olha aí.
Agora, BURRÃO, até eu estou com medo que o Grêmio seja campeão dessa merda. Porque o duelo do resto da temporada vai ser o fracasso incessante do Grêmio versus competência, sorte e sucesso de Fábio Koff. Mas calma que ainda tem muita coisa pra acontecer e se o Grêmio jogar assim daqui pra frente, NÃO VAI SER CAMPEÃO.
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