sábado, 8 de dezembro de 2012

Último jogo do Olímpico: o fracasso denunciado

É fracasso após fracasso. Eu já enchi o saco de tentar abrir os olhos de vocês e mostrar que o Grêmio, hoje, é um time minúsculo. O Grêmio é o clube que mais se apequenou ao longo dos anos no Brasil. O fracassado Atlético Mineiro já tem feição de time grande, poderoso e temível. O Atlético Mineiro. Que nunca levantou uma taça na sua vida. Viraram um clássico. Me digam, quando foi a última vez que 
o Grêmio virou uma partida de forma dominante e imponente, ainda mais um clássico? Eu não consigo me lembrar.

O que se viu hoje, na despedida do Olímpico, foi a caracterização de um clube pequeno, sem expressão e completamente histérico. Pela sua inofensividade, o Grêmio e os gremistas tiveram de apelar à histeria para massagear o ego e não perceber que o Grêmio é ridículo. Afinal, é incrível um clube que foi tão poderoso num passado recente ser isso nos dias de hoje. A avalanche, após a partida, foi o marco, o decreto, a assinatura de um clube patético que proporciona piadas gratuitamente para os seus rivais. O Grêmio é tão, mas tão ridículo, que não basta não vencer um time totalmente desestabilizado como o Inter com dois expulsos na despedida do seu estádio valendo a vaga direta pra Libertadores. Ele tem de fazer avalanche após o jogo, pra deixar o que já era incrivelmente fiasquento, uma denúncia de toda mediocridade na qual o clube se afundou.

Leo Gago não pode fardar o uniforme de qualquer clube da série A brasileira. Atuação patética desse rapaz que, modéstia parte, já aviso desde o dia em que foi contratado - lá no início do ano - que não é jogador de futebol. Pará é outra nulidade que enganou os panacas de plantão ao atuar razoavelmente bem em algumas partidas. Vanderlei Luxemburgo tira Fernando para colocar Marquinhos. Marquinhos é outro que não pode vestir a camisa de um clube de futebol. É jogador de Avaí. Em vez de tirar a nulidade do Léo Gago, Luxemburgo insistiu na ruindade e, fazendo de tudo para deixar o time capenga, deslocou-o para a lateral, no lugar de Anderson Pico que, até então, era o único jogador do Grêmio que havia jogado decentemente. O rapaz que já não jogava nada na meia cancha, deslocado para a lateral esquerda, foi um filme de terror.

O Grêmio tem clima de perdedor. Permaneceu na segunda colocação durante a reta final do campeonato e entregou como uma menininha perdida no parque que é estuprada e violada por um psicopata. O Grêmio é uma menininha indefesa. O Inter, um gigante. Se o Grêmio segura o poderosíssimo Náutico, fora de casa, com algumas expulsões, em partida válida pela série B, é o imortal e “nunca nos matarão”. O Inter, comemorando um empate heroico no Olímpico, em uma partida válida pela série A, no maior clássico do Brasil, tirando a vaga direta do seu maior rival, não pode. Digo isso, pois já vi gremistas dizendo que foi patético os jogadores e a torcida colorada comemorar o resultado final. Ora, um time completamente desacreditado por todos - mídia, próprios torcedores e torcedores rivais - tem dois expulsos, um deles o seu melhor jogador, Leandro Damião, sob comando de um interino, o vestiário balançado, consegue ter forças e se unir para realizar tal feito, tem mais é que ser comemorado. O elenco do Internacional correndo em direção a sua torcida é algo a ser comemorado sim, devido as circunstâncias que rodeavam o clube recentemente.
O final do jogo de ontem foi emblemático. Os jogadores do Grêmio correndo pra cima do árbitro enquanto os do Inter corriam para a sua torcida. A torcida do Inter pulando e a do Grêmio em silêncio. Faz 10 anos que eu vejo isso. Não dá mais pra aguentar. O Inter mesmo estando em uma crise danada consegue arruinar a festa do Grêmio. Que onda de azar. Que miséria.

A torcida do Grêmio é uma das coisas mais ridículas de se ver. Tendo consciência – ou tendo inconsciência – da situação do seu clube, começou a gritar “libertadores” em direção aos colorados. Do que adianta se classificar para a Libertadores? Quem é que não sabe a história de 2013? Eu sei e conto pra vocês: Grêmio eliminado nas quartas ou nas oitavas. Como sempre. Não vai ganhar a Libertadores. Cantar “li-bertadores” para os colorados é mostrar que estão inseguros e reconhecem sem entender a atual situação lamentável do clube. Cantar “li-bertadores” é se irritar com o time, perceber o 0x0 patético, enxergar a comemoração do Inter – que, mais uma vez, matou o Grêmio no Olímpico – e buscar, no fundo do baú, um argumento, alguma salvação para aquela situação não permanecer visivelmente ridícula.

O Grêmio acabou. Só resta chorar pelo Olímpico e fazer festinha na rena. Porque títulos e feição de time colhudo, esse clube não tem mais.

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